Atualmente, o prazo máximo do crédito imobiliário é de 30 anos. Foram divulgadas novas reduções nas taxas de juros com recursos da poupança (SBPE).
O anúncio foi dado pelo executivo de habitação da Caixa, Rodrigo Wermelinger. “A medida vai ajudar a colocar mais gente para dentro desse mercado”, disse ele, após participar de um debate sobre habitação popular com empresários do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), em São Paulo.
Expectativa para ampliação do prazo de financiamento
É esperado a sanção do Presidente da República da Medida Provisória 1.107, que aumenta o prazo de financiamentos imobiliários. O programa Casa Verde e Amarela é o principal destino dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A Caixa Econômica Federal já trabalha com prazo de financiamento imobiliário de 35 anos fora do programa habitacional Casa Verde e Amarela, em opções de crédito que utilizam recursos da poupança.
A nova proposta é aguardada por empresários do setor da construção e incorporadoras, porque o aumento do prazo de pagamento no Programa Casa Verde e Amarela possibilitará maior diluição do valor das parcelas do imóvel ao longo do tempo, consequentemente, estimulando novos contratos.
Desembolso com o novo prazo do programa habitacional (CVA)
Um financiamento de R$ 200 mil em 30 anos, gera atualmente parcelas iniciais de R$ 1.686,00. Esse valor cairia para R$ 1.607,00 (considerando uma taxa de juros de 7% ao ano no sistema SAC) com prazo de financiamento de 35 anos.
O setor imobiliário e aumento do prazo de financiamento
Um dos motivos para a nova medida provisória é o aumento dos custos de construção, que fez muitos empreendimentos suspenderem lançamentos e projetos dentro do programa habitacional.
Houve uma grande articulação dos empresários do setor imobiliário no governo federal e no conselho do FGTS para a ampliação dos subsídios à população atendida pelo Programa Casa Verde e Amarela, diminuir taxas de juros e aumentar a faixa de renda dos beneficiários.
O banco estatal responde por 99,9% dos empréstimos com recursos do FGTS. Até 2014, a sua participação era de 80%, ficando a fatia restante com o Banco do Brasil, que foi saindo aos poucos do ramo. De janeiro a julho de 2022, as contratações da Caixa Econômica Federal no segmento imobiliário atingiram R$ 34,8 bilhões.
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